segunda-feira, 24 de março de 2014

Galera atenção:
o preço promocional para pagamento a vista é só até dia 31/03.
A partir do dia 1º de abril(parece brincadeira né, mas não é) somente pagamento à vista e o valor é R$400,00.
Corre que ainda dá tempo.



sexta-feira, 7 de março de 2014

EXTRA  EXTRA
oficina com o palhaço espanhol Ivan Prado da organização "Pallaços en Rebeldía", aqui em Porto Alegre.

                PALHACEANDO A EXISTÊNCIA
         Um caminho de crescimento pessoal desde o ridículo
        Com Iván Prado

De 17 a 19 de abril de 2014

Horários: Quinta 17/04 – das 18h as 22h
sexta e sábado 18 e 19/04 – das 9h as 13h e das 14h as 18h

Local: ainda a ser definido

Valor: R$350,00 (a vista) ou R$400,00 em 2 vezes

Informações:  palhacassemlona@gmail.com

O curso:
O que está dentro de nós brilha e ressona. Nosso riso, como a
ar que os pulmões transformam em sangue e vida, é capaz de nos
renovar e nos abrir à existência. Nossa proposta é abraçar a
palhaça e o palhaço que temos por dentro em um belo caminho
pára criar círculo de riso ao nosso redor. Se aceitamos a nossa
estupidez e a comunicamos com o coração se produz uma catarse
que nos permite transformar a dor em luz, a vergonha em paz, a
lástima em plenitude.

Sobre Iván Prado – Nasceu em Lugo – Espanha. É diretor dos festivais Festiclown (Galicia), Festiclown Multisede  (Madrid, Asturias e Galicia), Magiclown (Ibiza) e Firaclown (Barcelona). É também porta-voz do Pallasos en Rebeldía e cofundador do ‘Artist Against The Wall’ junto a Leo Bassi e Patch Adams.
Participou de diversas caravanas do Pallasos en Rebeldía em Chiapas, Saara, Líbano e Palestina.
Atuou e ministrou cursos em vários países e por toda Espanha, desenvolvendo sua própria metodologia.
Organizou e dirigiu o primeiro Festival de palhaços do mundo árabe, o Festiclown Palestina 2011, e o I Foro Internacional de Circo Social (Rivas Vaciamadrid 2013).
Atualmente está organizando a 2ª edição do Festiclown Palestina que acontecerá nos acampamentos de refugiados palestinos no Líbano e o Festiclown Favela que terá lugar no Rio de Janeiro em maio de 2014.
Foi pupilo de alguns dos mais importantes Mestres da palhaçaria: Carlo Colombaioni, Johnny Melville, Phillipe Gaulier e Leo Bassi, entre outros. Atuou como palhaço em países como México, Venezuela, Brasil e Palestina exerceu o papel de showman e mestre de ceremônias em diferentes Festivais Internacionais.

Inscrições:

- As inscrições para a oficina de Ivan Prado ficaram abertas até  dia 10 de abril ou até o preenchimento  todas das vagas.

- Não haverá processo de seleção dos participantes.

- Após o envio da ficha de inscrição entraremos em contato em até 72h para informar o procedimento 

pagamento. 

- O preenchimento da ficha de inscrição  não garante a participação no curso.

- A confirmação de participação será feita após a comprovação do depósito realizado de acordo com a 

forma de pagamento escolhida na inscrição.

- As formas de pagamento disponíveis são: à vista ou parcelado em 2 vezes.

- Os participantes que optarem pela inscrição à vista terão desconto de R$50,00

- Os que optarem em fazer o pagamento parcelado deverão fazer o pagamento da primeira parcela para 

garantir a vaga no ato da inscrição e o segundo pagamento até dia 10 de abril.

Inscrições pelo email: palhacassemlona@gmail.com



domingo, 9 de fevereiro de 2014

Em busca da palhaça perdida - parte 3647

Depois de tanto tempo sem escrever sobre meu trabalho, meus processos e os caminhos que ando percorrendo, cá estou eu novamente. Escrever é sempre uma forma de refletir, um dasabafo, uma urgência que nem sempre eu consigo concretizar, mas hoje eu desejo e posso me permitir este momento, então vamos em frente por que o fluxo não pára.
Ano passado realizei um sonho, montei um trabalho solo, que me permitiu viajar muito pelo meu estado, conhecer muitas pessoas, ouvir e ser ouvida, recebi risos e lágrimas que foram impagáveis e claro recebi algum dinheiro que dá aquele incentivo pra seguir adiante com os sonhos e pagar as contas também. Mas, aquela eterna inquietação seguia me dizendo que ainda tinha muito trabalho pela frente. A construção deste trabalho estava apenas começando e esta primeira montagem era apenas a base para tudo o que ainda há de vir pela frente. Embora com muitas fragilidades técnicas e de dramaturgia, eu sempre soube desde o início que este seria o trabalho da minha vida. Bom a primeira e talvez mais difícil etapa estava realizada, ultrapassar o medo de estar só em cena, vestida com o tal nariz vermelho que sempre me instigou tanto a seguir caminhando, mesmo quando a dúvida (ainda muito presente) se fazia soberana no meu caminhar.
Bom, como dizia anteriormente, eu sentia a cada apresentação que necessitava fazer mais, refinar o trabalho, me apropriar de técnica e desbravar um bocado mais os meus abismos. Sentia que estava mais do que na hora de ter outro olhar sobre o que eu estava fazendo, pois sozinha não estava dando conta de ver a mim, ver a Marmotta, ver o todo do trabalho e ver o público com o respeito que este merece. Conversei com algumas pessoas por quem eu tenho muito respeito e admiração pelo trabalho e resolvi pedir ajuda, uma orientação, um olhar, umas dicas, sei lá, qualquer coisa que viesse pra acrescentar no trabalho.
Nessa busca quase desesperada tive a felicidade de reencontrar com o Esio Magalhães que viria a Porto Alegre ministrar uma oficina. Quase sem pensar escrevi pra ele pedindo que ele visse meu trabalho enquanto estivesse aqui e que se possível me desse um feedback. O Esio, foi super gentil e disse que faria o possível. Resolvi fazer a oficina, mesmo já tendo feito uma outra oficina com ele em 2010. Na ocasião foi impossível que ele visse o meu material, então ele surgiu a oportunidade de nos encontrarmos em janeiro de 2014 em SP para realizar a tal orientação. Ficamos em contato por uns 3 meses até finalmente fecharmos as datas e o local do trabalho. Daí em diante foi só ansiedade. Na ocasião o Esio me fez algumas perguntas, que eu não conseguia responder e isso me deixava ainda mais desesperada. Aos poucos a alegria por estar quase realizando o sonho te trabalhar com este mestre, ia se transformando em pânico. Eu morria de medo de chegar lá e não conseguir nada, de congelar e não fazer nada, e nada de bom sair de mim.
Eis que chega o tão esperado dia D. Malas feitas, despedida da família e a primeira grande ruptura. Sim ser palhaço exige rupturas, exige que abandonemos os casulos, que nos coloquemos a beira de abismos, e assim vamos sempre descobrindo que nossos limites são além do que imaginávamos e eis a beleza de tudo isso, (des)cobrir-se e deixar que o público nos veja o que realmente somos.
Tão dolorosa a despedida da filha, ainda tão pequena pra compreender que a mamãe precisa fazer isso. Tão lacrimosa a partida, vendo aquele rostinho inocente acenando como se a mamãe fosse alí, rapidinho e já voltasse. Ela não sabe da passagem do tempo, dos dias, ainda não entende que saudade dói. Tudo pra ela é momento presente. E eu, estupidamente sofrendo no táxi a futura saudade, já antevendo os 13 dias mais longos da minha vida, e vertendo lágrimas que pareciam infindáveis. E dentro uma voz, já velha conhecida, dizendo pra mim: "pra que isso? olha quanto sofrimento, quanto investimento, e pra que? Pra seguir insistindo numa ideia idiota. Acha que trabalhar com um mestre vai te fazer melhor?". E por outro lado uma outra voz que dizia: "já que tá na chuva então se molha de verdade, abre os braços e se joga". Fico as vezes impressionada com a minha capacidade de ser tão cruel comigo mesma. Mas enfim, isso é assunto pra terapia.
Chegando lá em SP, aquela sensação de ser um micro-organismo dentro de um macro macro mega power cosmos. É tudo muito.
Mas também foi muito o carinho e o acolhimento que recebi dos amigos, especialmente da Letícia que acolheu a mim e a minha empreitada na sua casa encantada.
A Letícia é uma fadinha encantada e lógico que só poderia viver numa casa também cheia de magia.
Dalí em diante foram 12 dias de trabalho diário. 12 dias tentando entender as coisas, e aceitando que meu tempo de entendimento é um bocadinho esticado. 12 dias de muito aprendizado. 12 dias banhada por muita generosidade. 12 dias de suor e lágrimas (eu choro muito). 12 dias de redescobertas. 12 dias de encantamento por mim, pelo meu trabalho, pelas minhas escolhas. 12 dias aprendendo novidades e relembrando coisas esquecidas. 12 dias que iam enchendo meu coração de gratidão e amor. 12 dias que poderiam ser 24, 36, 48 ... 12 dias em que a saudade de casa e da filhotinha foram suavizados pela busca de mim mesma, pela entrega ao trabalho e principalmente pela alegria de estar lá trabalhando e aprendendo.
De volta a casa, sinto saudades da rotina de trabalho, das conversas com o mestre, sinto falta de ter um olhar sobre as minhas ações me apontando outros caminhos. Mas mas do que a saudades, sinto orgulho de ter realizado este desejo de ir lá buscar mais para mim e para meu trabalho. Sinto uma profunda alegria por ter caminhado rumo ao que me faz feliz. E agora tenho ganas de trabalhar  e trabalhar todos os dias, de fazer do suor do trabalho físico um combustível potente para o que pretendo construir. E assim eu sigo. E assim eu vou em frente.
Comecei esta semana a ensaiar sozinha e exercitar meu olhar sobre mim mesma.
e vamos que vamos.
Com força, fé e fôlego. E com muita alegria de ser quem eu sou e estar onde estou.
Gracias a la vida!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Andanças de uma palhaça sola

E já se foram 5 cidades onde a Marmotta já passou através do projeto Sesc Mais Leitura.
Em Passo Fundo tive a alegria de apresentar no teatro do Sesc para os alunos do colégio Tiradentes que fizeram uma matéria muito bacana pro site da escola.
Dá uma espiada:
http://www.colegiotiradentes.g12.br/colegio-tiradentes-participa-de-evento-cultural-no-sesc/






sábado, 30 de março de 2013

As "Histórias do ermo do olho", já andam soltas pelo mundo!

Sou toda gratidão por esta semana linda!!! Voltando ao trabalho com todo o gás, muito amor e alegria no coração por fazer o que eu mais amo fazer. Tá aí a Marmotta, enfrentando o medo da solidão no palco, enfrentando o medo de fracassar sozinha e descobrindo a alegria de triunfar por sí mesma, por fazer com o coração o teatro que acredita.
As fotos não ficaram tão boas, mas as lembranças são as melhores. Foram até agora 6 apresentações muito lindas. Obrigada a todos que confiaram no meu trabalho e me deram a oportunidade de estrear este trabalho tão amado já dentro das escolas, cercada por jovens cheios de brilho no olhar, difíceis de agradar, mas totalmente entregues quando cativados.
Obrigada universo por me colocar em duas escolas tão acolhedoras.
Obrigada Manoel de Barros, por me inspirar e encher a minha alma de leveza. Obrigada por me fazer enxergar novamente as coisas pequenas e voltar a me enamorar por elas, assim como na criancice.
Obrigada Ana Fuchs
, por tudo!
Vida longa as "Histórias do ermo do olho" Felicidade é pouco!!!

domingo, 24 de março de 2013

5, 4, 3, 2, 1 ... ESTRÈIA: " Histórias do ermo do olho"!!!

Falta menos de 24h para a estréia do meu novo trabalho e o maior dasafio que já coloquei pra mim mesma. O friozinho na barriga se mistura com uma grande alegria que tenho no coração. E amanhã é o grande dia. O dia em que realizo mais um sonho, ainda pequeno, mas meu sonho. É ótimo trabalhar em grupo, compartilhar, aprender, discutir, ter suas idéias aceitas ou não, tudo vale.
A chegada da minha pequena pipoca me trouxe muitas dúvidas no campo da maternidade, mas uma certeza enorme no campo profissional, sim eu sou palhaça e sim eu vou seguir trilhando este caminho, sola ou bem acompanhada. Então quando a Ceci tinha uns 6 meses e eu já fervia de vontade de voltar a trabalhar, mas não sabia direito como nem com quem, convidei alguns conhecidos que trabalham com palhaço para que nos encontrássemos 1 vez por semana a fim de jogar, brincar, treinar palhaço, cada um com a sua experiência, cada um com o seu gosto pessoal e a sua habilidade maior. Os encontros começaram a acontecer e a partir deles as idéias. Nisso eu estava alcandorada relendo os poemas do Manoel de Barros, "Memórias inventadas", e dei de ver palhaço em cada palavra do poeta. E já não conseguia ler sem imaginar , e fui pra rua recitá-lo. E foi lindo lindo! E daí pra frente tudo o que aconteceu foi uma sucessão de carinhosos empurrões do universo me sussurrando VAI... VAI  Lá... CONTINUA, VAI SER LINDO!!!
Eu continuei, e no caminho fui encontrando cada gente linda de olhos brilhantes e coração aberto que aumentava minha força de seguir nesse plano que tanto me assustava: "oi? sozinha em cena, eu? de palhaça? sem ninguém pra fracassar comigo?"
Três palhaças foram exemplos e , pra minha sorte, amigas fundamentais nessa caminhada: Odília Nunes, Genifer Gerhardt e Ana Fuchs.
Odília (palhaça Bandeira), conheci no festival Palco Giratório do SESC, fui sua anja de asa quebrada. Odília me encantou com seu lindo, delicado e poético trabalho "Decripolou Totepou". Espetáculo onde a palhaça sozinha vai pra rua brincar e poetizar a vida dos transeuntes. Foi uma inspiração. Odília e eu mantivemos conversas via internet que sempre foram inspiradoras pra mim. Me encorajando, uma baita mãezona. Uma felicidade ter cruzado o seu caminho, obrigada pelas conversas, pela generosidade, pelo incentivo.
Genifer Gerhardt, quase não tenho como explicar a Geni, uma das figuras mais queridas que já tive a alegria de encontrar na vida. Querida, talentosa., delicada. Ela e suas miniaturas, todos tão grandes, tão lindos, tão emocionantes. A Geni além de estar nos encontros de treino desde o começo, também foi sempre uma incentivadora, de poucas palavras de mas de um olhar tão brilhante quanto um céu estrelado no mato, onde a luz dos postes não ofusca as estrelas. Amo, amo demais essa menina, e já amo também o seu menino Valentin que ela carrega no ventre. A Geni me confiou fazer parte da sua equipe na montagem do espetáculo "Brasil Pequeno" , baseado nas histórias de algumas pessoas que ela conheceu na sua viagem de volta da Bahia para Porto Alegre, um projeto lindo lindo.
E finalmente o furacão que passou por aqui pra mudar a paisagem e o rumo lento das coisas: Ana Fuchs.
Uma figura assustadoramente linda! Um furacão, que movimenta tudo, vem mexe , remexe, vira de cabeça pra baixo tudo e todos na volta. Assim foi o meu encontro com a Ana. Ela começou a vir nos encontros palhacísticos já na segunda temporada, e deu novo gás á uma idéia que parecia morrer na praia. A Ana chegou e abalou, escreveu roteiro pra um espetáculo de palhaços( Que ainda vai rolar, com ou sem edital), fizemos projeto pra este e juntos tivemos nossa primeira decepção com a tal lei de incentivo, não por que não houvesse passado, mas pela falta de transparência e legalidade que um edital público deveria ter, enfim!!!
Ana Fuchs, guerreira, inteligente, engraçada, mãezona, amigona e uma diretora incrível que soube carinhosamente dar forma, cor e som ao meu sonho. Ana querida nosso processo de trabalho foi tão entregue, intenso, amoroso e leve que quando a criança nasceu eu demorei pra perceber. Obrigada por compartilhar teu tempo, tua energia (que as vezes parece inesgotável), teus saberes, tua criatividade e tuas histórias pessoais comigo, nestes tantos dias de trabalho, cafés e chocolates. Foram dias lindos, alegres, verdadeiros presentes cada um dos nossos encontros. E graças á estes encontros que sinto dentro do coração um amor tão grande por este trabalho que em breve (menos de 24h) será entregue ao mundo, e já não será mais meu e teu, será fortalecido pela contribuição de cada um que o assistir , que rir e se emocionar com ele.
Tenho ainda muitas outras pessoas especiais a agradecer.
Mas estas três mulheres tiveram uma importância tão grande nesse momento da minha vida que sou toda gratidão por estes encontros tão regados de energia boa.
Desejo que o universo seja regido desta mesma forma, cheio de amor e generosidade.
E agora, daqui até amanhã começa a contagem regressiva, desejo levar comigo amanhã para esta 1ª apresentação (e para todas as que vierem depois) toda a luz, o amor e a generosidade que recebi para a construção deste trabalho.
E que a minha vaidade não venha estragar tudo. Assim seja!


sábado, 9 de março de 2013

Acorda e olha o céu, que o sol vem trazendo BOM Dia!!!

Ufa... a tempestade já se foi. Abriu buracos, causou transtornos, mas lavou a terra e já aparecem novos brotinhos que antes não tinham espaço pra crescer. Na bem da verdade desta vez ela veio como uma chuva de verão: forte, intensa, mas rápida. E passada a chuva, voltei a respirar. Recebemos novas visitas para ver o nosso processo poético clownesco, rsrsr. E desta vez eu trouxe pra cena tudo o que havia deixado guardado até então. Mais energia, mais amor, mais fé em mim e nas escolhas que fizemos para este 'filho'. E ele encantou! E veio o riso, e veio a cumplicidade e veio muito amor dos olhos de quem comungava comigo daquele momento. Hoje sou só gratidão. Agora se aproxima o dia de levar o filho pra passear por outras paisagens, desconhecidas. Volta a bater aquele friozinho na barriga e eu já me peguei algumas vezes pensando em mudar algumas coisas, "disfarçar" um pouco a cria, o tão conhecido boicote.
Por que é tão difícil ser generosa e amorosa comigo mesma? Por que tanto medo do fracasso?
É tão fácil falar sobre o fracasso como algo que faz parte da vida e blá blá blá, mas é tão angustiante lidar com ele, ou pior, lidar com a expectativa de que ele pode aparecer.
A vida não dá trégua. Cada pessoa trás consigo o peso e a leveza que aprenderam a temer e a amar de acordo com as experiências que tiveram na sua trajetória  e suas escolhas se pautam por estas experiências.
Eu sempre tive medo de errar. SEMPRE. Desde criança. Sempre sofri muito com a decepção alheia por qualquer coisa que eu tivesse feito. Aprendi muito cedo a ponderar, nas brincadeiras, nos encontros, nos amores, nas discussões e até nos excessos.
Um dia, e aí já se vão 8 anos, encontrei o palhaço. E me enamorei pela arte de palhaço. E ví, senti, que ele só existe no risco, na exposição, na verdade. E me assustei dele. E me afastei dele. E ele nunca se afastou de mim, e de vez em quando me cutucava, me chamava de covarde e ia embora sem nem me deixar explicar. Numa dessas cutucadas eu disse, então tá fica aí, tu vai ver quem é covarde. E a Marmotta entrou na minha vida pra nunca mais sair.
O medo do fracasso, segue me assombrando. Só que agora eu aprendi a rir junto com ele. Agora eu culpo o ermo que invadiu o meu olho.